LSPI – o que significa
A LSPI ou pré-ignição a baixa velocidade ocorre aquando da combustão e pode causar danos consideráveis. Explicitamente, a combinação de combustível e ar entra em ignição prematuramente, provocando uma pressão extrema nos cilindros.
A LSPI pode, frequentemente, traduzir-se num motor ruidoso. No entanto, esta é apenas uma parte do problema, dado que a LSPI pode provocar danos significativos no motor. Por conseguinte, a LSPI é um dos mais graves problemas enfrentados pela tecnologia de motores atualmente.
Porque razão ocorre a LSPI?
Eis algumas informações: de modo a satisfazer os desejos a nível mundial de um consumo de combustível mais eficiente e um nível de emissões mais reduzido, os fabricantes de veículos produziram motores a gasolina com turbocompressor mais pequenos, também denominados de motores sobrealimentados. Estes motores podem funcionar a velocidades reduzidas e binário elevado e a sua densidade de potência superior e melhor eficiência cumprem os padrões definidos pelo mercado, bem como pela legislação introduzida em vários países.
A Ford e a GM lançaram motores com menos cilindros e de menor cilindrada, por exemplo, 1,0 l de cilindrada. Diz-se que o rendimento destes motores é semelhante ao dos seus motores de 1,6 l e quatro cilindros, mas com uma economia de combustível 20% superior e menos emissões de CO2. A extraordinária taxa de produção anual destes motores constitui um indicador do respetivo progresso.
Contudo, têm surgido problemas nestes motores. Verificou-se o desenvolvimento da denominada LSPI ou pré-ignição a baixa velocidade, uma combustão prematura antes do processo habitual de combustão desencadeado pelas velas, que pode ser ouvida pelo condutor sob a forma de um ruído forte de batimento.
Sabe-se que a LSPI se desenvolve em motores mais pequenos. Porém, a causa exata deste fenómeno ainda não foi determinada. De acordo com uma teoria, entra uma gotícula de óleo na câmara de combustão através de uma folga entre o pistão e a parede do cilindro, onde se mistura com o combustível originando a combustão. Alternativamente, há quem assuma que os depósitos são responsáveis pela ignição. Provou-se que ambas as situações ocorrem, mas não são mutuamente exclusivas.